Por Eduardo Fernandes.
A seguir, dois podcasts que mexeram com as minhas ideias nessa semana. Clique na seta e expanda os tópicos, se quiser ler meus comentários.
Fall of civilizations #
Sobre a queda (e mutação) de algumas das principais civilizações que um dia já governaram partes do planeta, como Incas, Romanos, entre outras.
Por que é legal
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Cada episódio tem cerca de 3 horas de duração e tenta descrever como era viver naquele determinado momento de transformação cultural, política e ecológica.
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Trabalho monstruoso de pesquisa do jornalista Inglês, Paul M.M. Cooper, que – veja bem – é PhD em significância literária e cultural de ruínas.
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A edição de áudio e storytelling também são bem interessantes. Os textos fluem no estilo de audiobooks de ficção.
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Cooper também mantém um canal de YouTube, no qual os textos são acompanhados de imagens das ruínas das civilizações enfocadas no podcast.
Ezra Klein entrevista Noam Chomsky #
Eu nunca saio exatamente o mesmo após entrar em contato com as intervenções culturais de Noam Chomsky. Uso esse termo, porque, seja em livros, vídeos ou simples entrevistas como essa, Chomsky sempre quebra alguma das minhas convicções. Não foi diferente aqui.
Por que é legal
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Desde jovem, Chomsky vive num outro tempo expressivo: fala de um jeito um tanto monótono, ainda que cada frase seja uma espécie de bomba ideológica. O contraste dá um certo sabor ao estilo do linguista.
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A conversa passa por diversos tópicos. Exemplo, a ameaça do autoritarismo chinês:
NOAM CHOMSKY: China is becoming more authoritarian internally. I think that’s pretty bad. Is it a threat to us? No, it’s not a threat to us. Let’s take what’s happening with the Uyghur. Pretty hard to get good evidence, but there’s enough evidence to show that there’s very severe repression going on. Let me ask you a simple question. Is the situation of the Uyghurs, a million people who’ve been through education camps, is that worse than the situation of, say, two million and twice that many people in Gaza? I mean, are the Uyghur having their power plants destroyed, their sewage plants destroyed, subjected to regular bombing? Is it not happening to them? Not to my knowledge.
So yes, it shouldn’t be happening. We should protest it. It has one crucial difference from Gaza. Namely, in the Uyghur case, there’s not a lot that we can do about it, unfortunately. In the Gaza case, we can do everything about it since we were responsible for it, we can stop it tomorrow. That’s the difference. OK? So yes, that’s a very bad thing among other bad things in the world. But to say that it’s a threat to us is a little misleading.
Well, let’s talk to the one case of expansionism, which is real. The South China Sea, that’s real. China is taking actions in violation of international law. It’s trying to take control of the South China Sea. Or to put it differently, it’s trying to do what we do in all of the oceans of the world, including the Western Pacific. They’re trying to do that in the South China Sea. And they shouldn’t be doing that. That’s for sure. It’s crucially important for their security. That’s where all their commercial traffic goes right through — South China Sea, Straits of Malacca, which are controlled by Chinese enemies or allies. So yeah, they’re doing the wrong thing there. That’s the thing that’s a little bit familiar to us because we do it all over the world, OK? And that’s the kind of threat that should be dealt with by diplomacy and negotiations.
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É essencial ler a transcrição do episódio, pra poder voltar e assimilar melhor os diversos questionamentos propostos por Chomsky.
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