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Amor ilimitado

Por Eduardo Fernandes.

Faz tempo que não dou uma chance real a um novo álbum do Red Hot Chili Peppers. Mas, como era relativamente fã da banda até "One Hot Minute", resolvi ouvir o recém-lançado "Unlimited Love", disco que vem sendo bastante hypado, graças à volta do guitarrista John Frusciante.

Definitivamente, é um trabalho mais consistente do que maior parte do que a banda vem entregando nos últimos anos. Traz alguns dos seus arranjos mais elaborados, com percussões, trompetes, saxofones, mudanças inesperadas de andamento e até guitarras mais pesadas, com uma pegada de anos 70.

Para mim, o problema é Chad Smith. É um excelente baterista, sem dúvida. Mas não uma força criativa. De modo geral, ele apenas conduz as músicas eficientemente, mas não se arrisca e não cria grooves mais memoráveis (eu gostaria de ouvir certas linhas de baixo de Flea desenvolvidas pelos Fearless Flyers ou Thundercat). Junte isso ao estilo econômico de Antony Kieds e você tem canções que parecem ter potencial, mas que soam inacabadas.

Ainda assim, a produção (Rick Rubin) e mixagem (Ryan Hewit) estão excelentes, na linha do clássico "Blood, Sugar, Sex, Magic". E, agora, por algum motivo, consigo me identificar melhor com o tom de "crônicas de Los Angeles", que permeia todo o álbum.

A seguir, as músicas que achei mais interessantes:


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