Por Eduardo Fernandes.
Já está claro que o sistema de crowdfunding, de apoio financeiro por parte dos chamados “fãs”, é um tanto estranho. Na prática, ele só funciona pra quem é famoso. E também já está na mira da exploração do Vale do Silício (vide os movimentos do Substack, Twitter, Medium e Facebook pra intervir no mercado de newsletters).
Como apenas uma pequena parcela da audiência consegue colaborar financeiramente com os criadores de conteúdo, estes são obrigados a crescer seu público. Então, precisam se adaptar aos métodos e estratégias das corporações de mídia e das redes sociais. E até escolhem temas com potencial de popularidade, o que pode acabar com a diversidade ideológica e artística.
Então, se, hoje, ainda não é possível ganhar a vida (mesmo que uma bem modesta) por meio desse tipo de trabalho, vou partir pra outro objetivo: pelo menos cortar custos, de tempo e dinheiro. E sem depender dos serviços supostamente gratuitos da Big Tech.
Ando pensando em adotar uma estratégia inspirada pelos ideais open source: quem não pode colaborar com dinheiro, pode querer oferecer tempo e trabalho especializado.
Por exemplo, fazer um podcast envolve pesquisa, tratamento de áudio e criação de textos pra distribuição. Um site precisa de manutenção e de estratégias de automatização. Todo esse trabalho custa tempo, que pode ser economizado, se a comunidade quiser se engajar. Fora que isso pode ser um aprendizado (e diversão) pra mais gente.
Assim, vou pensar em algumas oportunidades pra quem quiser colaborar comigo, o que me liberaria mais tempo pra escrever e pesquisar. E também porque a qualidade de produção deve melhorar. Se você se interessa pela ideia, vamos conversar. Não se esqueça de dizer quais são os seus talentos que eu posso explorar. 😏
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