Por Eduardo Fernandes.
Dizem que investigar as maneiras como você procrastina pode ser uma excelente ferramenta de autoconhecimento. E até de planejamento de carreira. Concordo. Mas é complicado.
De modo geral, procrastino consumindo conhecimento. Desde criança. É um costume tão arraigado, que, basicamente, virou o centro da minha identidade.
Mas, a partir daí, as procrastinações viram contextuais: dependendo do que tenho a mão.
Se tenho um computador à frente, geralmente vejo vídeos. Se estou no celular, leio notícias. Se não há internet, brinco com configurações. Se não há o que configurar, investigo interfaces.
Um nível mais "engajado" de enrolação – que leitores habituais do Eduf.me, talvez, já tenham percebido – é entender aplicativos e interfaces pra depois incorporar recursos no site.
Por exemplo, ando obcecado com o Roam Research. Não que eu vá usá-lo, mas tentei trazer alguns dos recursos do programa pro site.
Essa obsessão também mudou um pouco meu jeito de escrever, bem como de classificar e pensar o conteúdo.
- Passei a usar outlines, as setinhas que você expande ao clicar e revela detalhes sobre o assunto.
- Escrevo notas diárias, uma parte privada do site, que talvez um dia eu venha a publicar.
- Incluí um contador de palavras no final do post.
- Mudei a lógica de programação por trás dos links internos (backlinks), que você vê abaixo em "Tem a ver".
E vários detalhes estão por vir. Nerdismos.
A verdade é que já não sei mais se gosto de escrever ou de investigar e brincar com técnicas de escrita. Talvez valesse uma mudança de profissão.
Mas uma coisa é fato: quando estou cansado de produzir conteúdo, procrastino procurando (e implementando) outros designs, programas, estilos e jeitos de… produzir conteúdo.
Carma jornalístico em purificação é isso mesmo.
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