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Necrotecnologia

Por Eduardo Fernandes.

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Quem são os maiores beneficiários da confusão das eleições do Brasil, em 2022? As corporações de social media.

A luta para derrubar Jair Bolsonaro força os adversários a adaptarem seus discursos à linguagem de ódio, escárnio e desinformação que, há décadas, vem sendo cultivada e explorada pela big tech.

Enquanto tentamos livrar o país da necropolítica, acabamos por fortalecer a necrotecnologia.

Se não conseguirmos sair desse loop, vamos acabar (ainda mais) dependentes da big tech para exercer a política.

As redes sociais já sequestraram parte do discurso e logística da democracia. Aos poucos, vão alterando até os nossos conceitos sobre ela. Promover a indie web virou uma necessidade civilizatória, até.


O texto acima saiu numa edição fechada da minha newsletter. Foi escrito no melhor estilo digital garden (aprender em público). Necrotecnologia é uma ideia que preciso desenvolver melhor. É necessário descrever como as redes acabam empregando a lógica do "deixar morrer", central ao pensamento de Achille Mbembe, que popularizou o termo necropolítica.